"... acho que a vida é um processo... É como subir uma montanha. Mesmo que no fim não se esteja tão forte fisicamente, a paisagem visualizada é melhor". [Lya Luft]



Por: Andrea Campos
Vivemos em uma época na qual se totemizam os valores e as qualidades juvenis tais como potência física e beleza fresca (a idade traz uma outra beleza, diversa, mas também, bela) esquecendo da gravidade, da imaturidade, das descompensações, das angústias, depressões e das incertezas próprias da juventude.

O equilíbrio, a segurança, a sabedoria e a estabilidade emocional conquistadas com a madurez não são enaltecidos, talvez porque aqueles que os atingem são menos capturados pelo consumismo irresponsável que faz do jovem a sua principal vítima em razão de sua permanente necessidade de auto-afirmação, própria da idade, logo não interessam ao atual modelo. Sartre ao falar do absurdo da vida, dizia, justamente isso, que o ser humano, com o tempo evolui, se aprimora e no auge da experiência... morre. Triste daqueles que insistem em serem eternos adolescentes, além de não conseguirem enxergar a paisagem do cimo da montanha, como propugna Lya, vivem e morrem, sem permitirem-se sair, do rés do chão...

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